quinta-feira, 5 de julho de 2012




Como quando aquela mina explodiu há apenas alguns metros de nós naquela ilha bonita, nos deixando temporariamente surdos, cegos e empoeirados. Eu procurei por você. Todo esse tempo eu estive procurando por você... mas minhas mãos nervosas não tiveram mais as tuas para sossegar. Você simplesmente desapareceu como num passe de mágica e de tanto correr para saber noticias suas cai ao mar. No pior dos mares que há eu cai... aquele que abriga as decepções, as traições e os desamores. 
E assim nos separamos... Soube notícias de você só agora. Está bem, não sofreu dano algum na explosão. Eu, depois de nadar à quase exaustão, estive um tempo à deriva e por destino encontrei-me em terra firme novamente e aos poucos refiz minha vida. Refiz a mim mesma... aos poucos teci novamente os fios soltos e arrebentados do meu eu. 
Estou diferente agora sabe? Igual mas diferente... continuo com o mesmo nome e sobrenome que você tanto gostava, mas alguma coisa de vazio sempre ficou por aqui depois daquele episódio. Soube que você está seguro agora, longe de novas explosões, longe de mim. Está à salvo num país de primeiro mundo, com a vida estabilizada.
Eu vou me salvando aos poucos, evitando novas ilhas, novas minas, novos amores... 
Dia a dia vou vivendo, tentando não me deixar consumir pelas duvidas: qual o seu lado da história? Um dia você pensou em me procurar também? Em saber se eu estava bem? 
Eu vi a caixinha do anel escondido no meio da bagagem que você levou pra ilha... Você um dia me amou como eu ainda te amo?
Guardo essa história para um dia poder contar a alguém que se interesse a ouvir. Quem sabe esse alguém possa abrir meus olhos... você afinal era o mocinho ou o bandido?




sexta-feira, 6 de abril de 2012

Do olhar


Eu costumo dizer que o olhar não costuma mentir... Nossa fala, nossos gestos, nossas ações conseguem ser traiçoeiras, contudo nossos olhos, ah... esses não! 
Fascinantes denunciadores de sentimentos, eles estão lá, vivos, brilhantes, refletindo até o mais profundo pedaço do nosso eu.  

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Da confiança


É dificil medir quanta confiança temos. É uma construção diária baseada nas ações, digo, nas consequências das ações do próximo ao qual depositamos certa quantia de confiança... O fato é que sempre haverá um deslize, sempre doerá, sempre tentar-se-á questionar/justificar/passar por cima, mas um fato mais fato ainda é que não será possível esquecer.
Em algum momento decisivo você olhará no fundo daqueles olhos que pedem confiança mas você lembrará, claro como água, daquele dia em que esses mesmos olhos esconderam-se de você por medo de admitir que errou. Doerá bastante, fique certo (a).
Essa analogia é bem conhecida mas é a mais verdadeira mesmo: cristal quebrado não se emenda, assim é a confiança, uma vez quebrada, jamais ela voltará ao que era. Você acredita desacreditando, você escuta as histórias buscando cada fiozinho solto no meio da multidão de palavras e esse fio aparecerá como um letreiro em neon piscante em seus pensamentos lembrando sempre a traição anterior. 
Trair vai bem mais além do físico, entenda isso! É o pensar, é o agir, é o cogitar... trair é toda ação que tem como consequência o outro ferido...
Gerenciar esses sentimentos não é fácil. Vai-se fazendo o que pode, até que perceber-se-á que é impossível continuar fingindo que fala a verdade e fingindo que acredita.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A chave da porta


Acho mesmo que tudo na vida é porta, e a vida é caça-ao-tesouro e tesouro precioso é uma chave! Amor, paciência, perseverança, sentimentos e afetos - todos chaves - das conquistas (seja ela positiva ou negativa, aprenda!)...
Quando você acha a chave, com um simples movimento (sutil e certeiro) você abre aquela porta e percebe que conseguiu finalmente fechar aquele ciclo. Você absorve tudo o que estava por detrás daquela porta e cresce. Todo contato com o diferente traz experiências.
Mas e quando não conseguimos achar a chave? Ou mesmo até a encontramos, só não conseguimos abrir  a porta? Acho que um dia, se insistirmos muito, conseguiremos abrir todas as portas, o fato é que somos mortais, e encerrar todos os ciclos demandaria séculos.
Sigo na caça-ao-tesouro como todo o resto do mundo. Até hoje não encontrei uma chave sequer... Se um dia você, meu leitor solitário(a), conseguir encontrar alguma chave volte e me conte como foi...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Das inconstâncias


Aprecio minhas inconstâncias. São elas que instigam os porquês. Nem sempre doce nem sempre amargo, modulando e moldando a alma à medida que fazemos escolhas, para isso servem as dúvidas, os medos e as mudanças repentinas de tempo. Prender-se muito às verdades pode ser bastante perigoso... Fujamos pois das letalidades e vivamos apenas um dia de cada vez! Goste, desgoste, lute, abandone, mas jamais deixe-se infectar pela mesmice. Antes uma inconstância saudável do que uma constância que abafa a liberdade de mudar!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Let it shine!



A vida é curta, portanto não se flagele sempre! Erros estão ai pra acontecer mesmo. Se fosse pra ser sempre perfeito qual seria a sua motivação de continuar arriscando?! 
Não seja mesquinha! Invista no que te faz feliz. Ainda que todos critiquem, deixe correr em seu sistema aquilo que te faz querer sempre ser melhor! 
Deixe brilhar menina, deixe-se brilhar!